Um Projeto de pesquisa e extensão da Unemat, Campus Universitário de Alta Floresta, trabalha na pesquisa para o desenvolvimento de um biopesticida a ser utilizado na Braquiária, espécie de pastagem.
As pesquisas têm apontado excelentes resultados, constatando-se a diminuição das lesões causadas por fungos e o aumento na produtividade do capim, até 57% a mais de massa por hectare para o consumo dos animais. De acordo com os pesquisadores, a produtividade, na área plantada com utilização do biopesticida, foi de mais de 5.500kg de capim seco por hectare, 18% a mais do que em uma área sem aplicação do produto. A pesquisa apontou, ainda, um aumento maior de acordo com o tempo de aplicação, além do estímulo ao crescimento de plantas.
A partir das pesquisas realizadas em nosso campus, o biopesticida vem sendo desenvolvido pelo laboratório de um instituto de pesquisa e inovação do SENAI, localizado em Três Lagoas-MS e tem apoio de uma empresa que atua no ramo de nutrição e proteção de plantas.
O projeto tem grande relevância, pois, o Brasil tem cerca de 170 milhões de hectares de pastagem, a maioria composta por Braquiária. Cerca de 70% dessa área encontra-se degradada devido ao mau uso de práticas agrícolas. Além disto, a região norte de Mato Grosso é a mais afetada pela morte dessa espécie de capim causada por fungos. Neste sentido, o projeto é visto como importante para auxiliar os produtores, uma vez que a Braquiária possui alta qualidade para o consumo dos animais.
Os estudos estão sendo feitos para comprovar a eficácia e possibilitar a comercialização do biopesticida que atua como uma alternativa para atender às necessidades de produtores e do mercado, sem prejudicar o meio ambiente. Além desses benefícios, o produto não causa efeitos no gado, sendo assim, a carne não é contaminada e não prejudica os consumidores finais.
O projeto denominado como: ‘Avaliação da eficiência de Trichoderma como protetor de plantas e promotor de crescimento para Brachiaria Brizantha’ objetiva o manejo orgânico e livre de defensivos químicos e tem contribuições de acadêmicos de graduação do curso de Agronomia e do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos. É coordenado pelo docente efetivo do curso de Agronomia, Marco Antonio Camilo de Carvalho, graduado em Agrononia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985), mestre em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997), doutor em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e Pós-Doutor pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2018). O biopesticida desenvolvido possui micro-organismos que agem no combate efetivo do fungo.
