quarta-feira, 24 abril, 2024
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MT: PF deflagra operação para combater crimes ambientais em área indígena

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 04/12, uma operação para combater a ação de uma Organização Criminosa  que atuava no processo de extração ilegal de aroeira na região da Terra Indígena Sararé que fica localizada no município de Conquista D’Oeste-MT, a cerca de 538 km  de Cuiabá/MT. 

A investigação apontou a participação de lideranças indígenas na estrutura da organização, uma vez que os índios envolvidos permitiam a exploração da reserva em troca de pagamentos periódicos ou outros benefícios.Durante o período de investigação a PRF também prestou apoio a operação.

Conforme a PF, a operação vai englobar toda a cadeia de exploração ilegal, tanto os indígenas que cobravam dinheiro das pessoas que extraíam a madeira, as pessoas que extraíam e também a fazenda que recebia esta madeira e comercializava.

Cerca de 65 Policiais Federais  cumprem 25 ordens judiciais expedidos pela Justiça Federal de Cáceres-MT dentre as quais constam 12 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Nova Lacerda/MT e Conquista D’Oeste/MT.   Na operação estão sendo  presos indígenas, madeireiros e uma grande propriedade rural está sendo arrestada (apreendida judicialmente) por ter adquirida madeira oriunda da  reserva indígena.

A investigação teve início no ano de 2017, a partir de uma prisão em flagrante realizada em uma ação de fiscalização de Terra Indígena. Tais fiscalizações visavam coibir a prática de crimes ambientais no interior das reservas e são coordenadas pela FUNAI, contando com o apoio do IBAMA e de forças policiais. 

O foco da exploração ambiental investigada na operação foi  a extração da aroeira,  espécie que tem o corte proibido em floresta primária desde  1991 por uma portaria normativa expedida pelo  IBAMA. Os presos estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Cáceres onde serão ouvidos e encaminhados à cadeia local permanecendo à disposição da Justiça.

No período da investigação foi realizada uma das apreensões foram apreendidas mais de 1200 lascas de aroeira avaliadas em mais de 50 mil reais. A operação visa também identificar outras pessoas responsáveis pela aquisição da aroeira, as quais  serão indiciadas pelo crime ambiental e pela organização criminosa, bem como os imóveis serão apreendidos para ressarcimento ambiental. 

O nome da Operação faz menção ao significado das palavras “árvore, tronco, madeira” no dialeto tupi.

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