sexta-feira, 26 abril, 2024
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Materiais pedagógicos adaptados para cegos são produzidos por alunos do IFMT de Alta Floresta

No mês de setembro realizou-se uma Roda de Conversa entre os alunos/as do Campus Alta Floresta e do CEEDA – Centro Educacional Especializado em Deficiência Auditiva (e visual), marcando a primeira etapa do trabalho proposto no 3º bimestre com as turmas dos 1º Anos dos cursos Técnicos em Administração e Agropecuária integrados ao Ensino Médio.

Segundo a professora Kelen Katia Prates Silva, a partir das discussões sobre ensino de História e inclusão foi proposta uma atividade avaliativa. “Os alunos/as se reuniram em equipes de 5 a 7 pessoas e apresentaram trabalhos a respeito do período medieval, divididos nos seguintes temas: a sociedade feudal; a Igreja; as cidades medievais; expansão muçulmana e as Cruzadas. Os trabalhos consistiram não apenas na apresentação do conteúdo, mas na elaboração de materiais pedagógicos adaptados para pessoas com deficiência visual (cegueira ou baixa visão). Foi surpreendente o resultado! Entre os materiais foram produzidas maquetes, mapas em alto-relevo, desenhos texturizados, armas medievais, indulgências em Braille, jogos, entre outros. A atividade oportunizou trocas gratificantes.”

“Fomos bem recebidos, todos muito atenciosos. Foi de muita importância o trabalho apresentado, eu aprendi muito, particularmente. Os grupos estavam bem preparados, os materiais foram de suma importância, as maquetes bem elaboradas. A parte didática também. Nós aprendemos muito”, disse Raimundo de Jesus Santana, aluno do CEEDA.

Carlos Augusto Dal’Igna Rodrigues, também aluno do CEEDA, relatou que foi maravilhoso, os discentes conseguiram desenvolver muito bem as maquetes, explanaram muito bem os trabalhos e compreendeu tudo o que foi transmitido.

“Os alunos do IFMT me trataram super bem, fui bem recebida por eles, eles sabiam a forma de explicar para nós, que era tudo pelo tato. Gostei de todo o material que mostraram para nós. As histórias, como era no tempo antigo, como foi difícil e como as coisas mudaram. Foi muito bom viver esta experiência.” Relatou Catiane da Silva, aluna do CEEDA.

Para o professor do CEEDA, Valmir Dias de Morais, todos os grupos estão de parabéns. Alguns grupos se preocuparam em fazer as legendas em Braille, ficaram bem legais, outros utilizaram materiais com texturas variadas para representar cada parte e limites dos territórios. Se preocuparam em explicar os detalhes, pegar em nossa mão e colocar nas maquetes no local que estavam falando, do que se tratava, eles apresentaram muito bem.

A professora de Braille do CEEDA, Elisabete Furini Vasconcelos, afirmou que “são iniciativas como essa que me emocionam e renovam minha esperança de um futuro melhor na educação e mudanças de atitudes das pessoas. Parabéns aos profissionais e alunos do IFMT, pela receptividade, qualidade dos trabalhos elaborados com muito capricho e carinho. Os alunos adoraram e eu só tenho que agradecer a todos pela atenção e carinho com nossos alunos.”

Nos dias de apresentação dos trabalhos, os alunos e profissionais do CEEDA ainda puderam realizar uma visita técnica no Campus.

“Foi uma experiência significativa. Ao explorarem os espaços físicos do IFMT, eles ainda puderam conhecer os laboratórios de Química, Biologia, Informática, Artes Cênicas e em especial o de Zootecnia, local em que puderam tocar em ossos de animais e conhecer suas diferenças e variações. Pude refletir a respeito do quanto ações como esta podem ser enriquecedoras e transformadoras a todos os envolvidos.” relatou Camila Zilio Lisbôa, tradutora e intérprete de Libras do Campus.

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