quinta-feira, 25 abril, 2024
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Em MT, quase 44% dos municípios precisam buscar meta de vacinação

Em Mato Grosso, dos 141 municípios 43.97% ainda precisam buscar a meta de vacinação contra sarampo em crianças de seis meses a menores de um ano. Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que do total de cidades mato-grossenses, 48 (34,04%) apresentam cobertura vacinal menor que 90%, outras 14 (9,93%) entre 90% e menos que 95%, e 79 (56,03%) igual ou maior que 95%, percentual preconizado pelas autoridades públicas de saúde.

Os dados são preliminares e fazem parte de um mapeamento realizado pelo Ministério da Saúde sobre a situação vacinal de sarampo de 6,5 milhões de crianças na faixa etária. O levantamento foi anunciado no fim da tarde terça-feira (29), em Brasília (DF), durante o balanço das ações da primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra o sarampo. Na lista, consta o quantitativo de doses aplicadas da tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba. Em nível estadual, a cobertura vacinal atingida pelo Estado é de 94,09% até o momento. No país, o índice é 95%.

Conforme o MS, o documento servirá para que os gestores locais definam estratégias para realização de busca ativa das crianças com o esquema vacinal incompleto. “A lista das crianças não vacinadas é uma iniciativa do Ministério da Saúde para potencializar o trabalho dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias na busca ativa dessas crianças”, reforçou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, por meio da assessoria.

Segundo ele, a medida também vai apoiar os municípios no alcance da meta de cobertura vacinal contra o sarampo, para que eles consigam receber o restante dos R$ 206 milhões liberados pela pasta para ações locais de vacinação. “Com esse reforço financeiro e a estratégia da busca ativa, os municípios terão fôlego para organizar e implantar mais ações de imunização a quem mais precisa”, destacou. Do montante, R$ 3,3 milhões foram disponibilizados para Mato Grosso.

Os profissionais de saúde deverão checar se o número de doses aplicadas da vacina é o recomendado pelo Ministério da Saúde para a idade da criança, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo, além de aumentar a cobertura vacinal, é estimular que os gestores atualizem suas bases de dados de vacinação, que precisa ser feita de forma completa pelos profissionais de saúde.

Conforme o MS, os municípios que contam com o trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate às endemias (ACE) podem utilizar os profissionais para a ação, já que eles conhecem as famílias e crianças da sua região. Os que não contam com esses profissionais podem utilizar o serviço das equipes de saúde da família (ESF) e os profissionais que atuam nas unidades de atenção primária à saúde.

A campanha foi dividida em duas etapas para priorizar a vacinação de dois grupos específicos. Na primeira fase que terminou no último dia 25, crianças de 6 meses a 5 anos de idade. Esse é o grupo mais vulnerável e bebês de até 1 ano de idade apresentam índice de incidência de sarampo 12 vezes maior que as demais faixas etárias. A segunda etapa, com data de início prevista para 18 de novembro, imunizará adultos de 20 anos a 29 anos de idade que não estão com a carteira de vacinação em dia. De acordo com o Ministério, a vulnerabilidade acontece porque adultos nessa faixa etária nasceram após a erradicação da doença no país, o que retirou a obrigatoriedade da segunda dose da vacina. O objetivo da mobilização nacional é recuperar o certificado de “país livre do sarampo”, ostentado pelo Brasil em 2016.

Causado por vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas. Mesmo quando o paciente não morre, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis.

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