sábado, 20 abril, 2024
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Crimes ambientais resultam em quase R$ 1 bi de multas em MT

Mato Grosso já aplicou cerca de R$ 808 milhões em multas ambientais no primeiro semestre deste ano, por meio da operação “Amazônia”. A ação faz parte da política de tolerância zero aos ilícitos ambientais determinada pelo Governo do Estado e que recebeu reforço do Exército Brasileiro.

Localizado a 1.065 quilômetros de Cuiabá, Colniza é o município que mais desmata no território mato-grossense e, historicamente, tem registro de confrontos e intimidação às ações de repressão ao crime ambiental e fiscalização. Por lá, fica a Estação Ecológica do Rio Roosevelt, uma reserva de proteção integral com cerca de 96 mil hectares que faz parte do bioma amazônico.

Gerida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), a reserva tem sido alvo de criminosos, que utilizam a tática de intimidar as equipes de combate aos crimes ambientais. Contudo, mesmo com as represálias, o trabalho foi intensificado com reforço das forças de segurança. Com isso, a fiscalização conseguiu acessar o interior da mata fechada e realizar o flagrante do desmatamento ilegal.

A identificação da derrubada ilegal foi feita por satélite, que indicou o local exato do desmatamento. Na ação, as equipes fizeram a apreensão de um trator esteira, condução de um suspeito à delegacia e a apreensão de três motosserras e duas armas de fogo, conforme informações da assessoria de imprensa da Sema.

Na ocorrência, soldados do Exército e policiais militares (PMs) utilizaram um caminhão para desobstruir a estrada de acesso à unidade, bloqueada por árvores cortadas. Na área foi encontrado ainda um barraco utilizado como alojamento pelos infratores, que estavam com armas em punho e se evadiram do local apontando o armamento para os policiais. Nas proximidades, também havia um caminhão esteira utilizado para extração irregular de madeira e que foi removido para o pátio da Sema-MT.

O apoio de 61 soldados do Exército chegou há pouco mais de uma semana. "É essencial que as forças de segurança estejam de forma constante em regiões como esta, em que o combate ao crime ambiental exige emprego da força, para que possamos avançar no trabalho de monitoramento, fiscalização, e responsabilização que vem sendo realizado pelo Estado de Mato Grosso", avalia o secretário de Meio Ambiente em exercício, Alex Marega.

A prevenção e repressão de crimes ambientais pela pelo Exército tem foco nas terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União. Além de Colniza, outras nove cidades que mais desmatam e são alvos das ações são Nova Bandeirantes, Aripuanã, Peixoto de Azevedo, Apiacás, Querência, União do Sul, Marcelândia, Juara e Rondolândia.

A operação é contínua, mas com o início do período da estiagem, em que o bioma Amazônia fica sob maior pressão de desmate ilegal, e ainda a emergência ambiental decretada no estado pela possibilidade de incêndios florestais, houve o reforço do efetivo e das ações de fiscalização em maio passado.

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