Os custos do frete rodoviário entre Mato Grosso e o Porto de Miritituba, no Pará, tiveram redução de até 11%.
É o que mostra o Boletim Logístico produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado no site da estatal.
De acordo com o estudo, a queda é reflexo do fim das obras de pavimentação da BR-163, e representa um estímulo ao escoamento por esse corredor.
A melhoria refletiu nas exportações de Mato Grosso e permitiu um aumento percentual significativo em 2020 em relação aos portos tradicionais de Santos/SP e Paranaguá/PR.
“O crescimento da participação dos portos no Arco Norte é uma realidade. Essas rotas não podem mais ser tratadas como alternativas, mas como solução para o escoamento da crescente produção agrícola do Brasil”, afirma o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.
Segundo Guth, o menor custo dos fretes, a partir das melhorias na infraestrutura, influencia diretamente no aumento de embarques dos produtos agrícolas, principalmente milho e soja, pelos portos do Arco Norte.
“Enquanto os produtores do cereal e da oleaginosa em Mato Grosso observavam preços de escoamento menores em setembro para os portos de Santarém/PA, Porto Velho/RO e Itaqui/MA, além de Miritibuna, o trajeto para o porto de Santos teve acréscimo de 3%, quando comparado com os valores praticados no mesmo mês do ano passado", completou.
Com o período da entressafra em Mato Grosso, as cotações de frete começaram a cair em setembro no estado do Centro-Oeste.
No entanto, mesmo com a queda apresentada, os valores encontram-se em patamares mais elevados que no ano anterior em determinadas rotas. Esse arrefecimento controlado deve-se à movimentação ainda existente para o escoamento de milho e soja no Estado.
RODOVIÁRIO – Segundo o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no Agronegócio teve incremento de 9,5% ao considerar o acumulado do ano – de janeiro a setembro de 2020.
A Repom, marca líder em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil, traz mensalmente os dados e as análises do período e, ao analisar o mês de setembro com o mesmo período em 2019, foi possível notar um aumento de 4,6% no volume de fretes rodoviários.
Ao considerar a Indústria e o Varejo, houve um incremento de 8,4% nas demandas por frete nos nove meses do ano, reforçando a retomada das atividades econômicas.
Ao considerar somente setembro, o crescimento no volume de frete foi de 19,9% frente ao mesmo período do ano passado, figurando como um mês bastante ativo no que se refere a emissões.
A expectativa é que este ritmo continue em outubro, período bastante relevante em termos de movimentação de cargas rodoviárias.
"O ritmo positivo bastante expressivo da Indústria e do Varejo confirma que a depressão no setor foi superada. A taxa de ritmo diário de setembro superou em 25% o período pré pandemia e comparativamente ao mês de abril, o pior mês do ano em emissões, a recuperação foi de 40 pontos percentuais", diz Thomas Gautier, Head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil.
Com relação ao número total de viagens emitidas de janeiro a setembro, o ano de 2018 figurou com 2,41 milhões de viagens, 2019 com 2,71 milhões – um incremento de 12,2% com relação ao ano anterior – e 2020 ficou com 2,94 milhões de viagens emitidas, representando um aumento de 8,6% frente a 2019.