A Feira Livre Municipal de Alta Floresta está fechada por força de decreto da Administração em função do Coronavírus. E os feirantes reclamam de grandes prejuízos e de dificuldades, já que a maioria é pequenos comerciantes do ramo de alimentação e agricultores familiares. São cerca de 150 feirantes que estão sem trabalhar.
Apesar do decreto ter validade para o dia 5 de abril, os feirantes temem que haja prorrogação e a feira continue fechada. “Não sabemos ainda se vai ser prorrogado, mas todos nós estamos passando por grandes dificuldades”, afirma Juscelino Gomes Pinheiro, presidente da feira.
Segundo Juscelino, os feirantes foram conversar com o secretário de Saúde de Alta Floresta, Marcelo Costa, para a feira ficar aberta de segunda-feira a sexta, e permanecer fechada no domingo, que é quando há o maior fluxo de pessoas. Mas o mesmo disse que a feira não pode ser aberta em função do decreto.
Juscelino enfatiza que o funcionamento da feira ofereceria o mesmo risco de outros comércios que estão em funcionamento como os supermercados. Muitos restaurantes na cidade estão funcionando, com as pessoas indo comprar o produto e levando para consumir em casa. E o restaurante e marmitaria da feira teve que fechar.
“Fomos falar com o secretário para ele liberar as pastelarias, marmitaria e peixaria para trabalharmos de segunda a sexta-feira. Mas o secretário não liberou.
Enquanto isso, os comerciantes do local vão acumulando prejuízos. Além de deixar de vender, produtos como verduras, que tem ciclo de produção, e estão se perdendo nas hortas.
“Não sabemos precisar o valor, mas o prejuízo nosso é alto. Todos estão parados. E não temos dinheiro nem para bancar as despesas da feira, como energia, água, funcionários, escritório, o fornecedor de sabão. Não estamos conseguindo pagar as contas”, reclama.
